O vídeo acima se trata uma palestra que fiz no Encontro Europeu do Seminário de Filosofia.
É uma apresentação da história da astrocaracterologia nos últimos 30 anos, desde as suas origens até o atual estado da pesquisa.
E se você quer saber mais sobre o assunto, é só apertar no botão abaixo.
O trabalho disponível no botão abaixo é uma síntese dos meus últimos 30 anos, durante os quais estudei e pratiquei astrocaracterologia.
“A psicologia vem redobrando os seus esforços na tentativa de desvendar esse território complexo e misterioso chamado de “alma humana”. Ao longo do seu percurso, o entendimento dos processos cognitivos e da formação da consciência individual se tornaram tópicos recorrentes e fundamentais. Afinal, passou-se a acreditar que boa parte dos nossos dramas e nossos complexos são determinados por distorções que se operam na esfera da nossa inteligência, fazendo com que, por consequência, nos relacionemos com o mundo, com as pessoas e com a sociedade de maneira inadequada e imprópria.
Várias contribuições foram feitas neste sentido, como, por exemplo: Piaget e os processos da Assimilação e da Acomodação; Viktor Frankl e a Logoterapia; William Stern e sua Psicologia Cognitiva; Gordon Allport e sua noção de proprium; Ludwig Klages e sua noção de caráter; Maurice Pradines e as relações que ele estabelece entre consciência e espírito. No panorama ainda recente, as teorias sobre a natureza das inteligências pessoais despertaram também enorme interesse: Howard Gardner e a Teoria das Inteligências Múltiplas; Daniel Goleman e a Teoria da Inteligência Emocional.
A Astrologia não poderia deixar de dar a sua contribuição a este tema, visto que durante os séculos XII e XIII os planetas astrológicos já eram associados às faculdades cognitivas, tal como podemos depreender da obra do filósofo e astrólogo árabe Mohieddin Ibn’ Arabi; faculdades que, por sua vez, foram bastante discutidas pelo filósofo Alberto Magno. Aliás, foi partindo destes estudos e da noção de caráter, definida por Klages como direção da atenção, que se construiu uma teoria extremamente original, a Astrocaracterologia[1], proposta por Olavo de Carvalho em torno de 1989 e que constitui propriamente uma teoria astrológica de fundamento cognitivo.”
Desde o princípio, a astrocaracterologia carrega consigo propósitos científicos.
Não à toa, a aprovação no curso original exigia apresentação de uma tese, através da qual o aluno deveria deduzir o mapa natal de uma pessoa contando única e exclusivamente com sua biografia.
Mas este não é o único método de verificação possível. Outro, igualmente importante, é a análise estética e narrativa de grandes artistas, sejam eles romancistas, poetas ou cineastas.
Afinal, se o astrocaráter existe e influencia as direções da atenção individual, suas marcas serão encontradas tanto na vida, quanto na obra dessas pessoas.
E foi assim que desenvolvi o meu curso Astrologia e Cinema: Uma Cosmovisão.
Nele, analiso detalhadamente a filmografia de 12 grandes cineastas para saber, afinal, se os temas abordados em suas obras correspondem ou não ao seu mapa natal.
E claro: também apresento as bases teóricas e psicológicas que permitem essa aproximação e são, em linhas gerais, as mesmas da astrocaracterologia.
Comecei meus estudos de astrologia como autodidata em 1985 e, paralelamente, fui consolidando minha formação em instituições diversas, como na Astroscientia em 1985, na Sociedade Brasileira de Astrocaracterologia em 1992 e em um curso de extensão ministrado na Unesp em 1994.
Desde então, lecionei:
* no Instituto de Astrologia & Recursos Humanos em Curitiba, de 94 a 96;
* no Instituto Jade em São Paulo, de 98 a 2000;
* na Escola Régulus em São Paulo, de 2007 a 2015.
Neste meio tempo, além de obter o grau de doutor em filosofia antiga pela UFRJ, desenvolvi o projeto Astrologia & Cinema: Uma Cosmovisão, onde procuro relacionar a obra de vários cineastas com determinados padrões astrológicos existentes em seus mapas, apresentado ao público geral por diversas vezes, tanto em sua forma integral quanto parcial, quando analisei um único filme: Espaço Cultural Lélia Abramo em São Paulo (mai/set 1998), Sesc Belenzinho em São Paulo (abr/2003), Escola Gaia em São Paulo (jul/2003), Cine Unibanco em Porto Alegre ( mai/ 2004) e no Centro Cultural da Justiça Federal do Rio de Janeiro (fev/2010).